domingo, 2 de dezembro de 2007

Literatura Infantil - Gostosuras e bobices





Texto: Literatura Infantil – Gostosuras e Bobices – Fanny Abramovich – Ed. Scipione
Ouvindo Histórias – Cap. 1



A IMPORTÂNCIA DAS HISTÓRIAS
A autora fala o quanto é importante para a criança ouvir história desde pequena. Afirma que esse “é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo...”.

Outros pensamentos abordados por Abramovich:

- Ouvindo histórias as crianças têm a possibilidade de sentir emoções importantes, como tristeza, raiva, irritação, bem-estar, medo, alegria, pavor, insegurança, tranqüilidade dentre outras tantas. Fazendo com que a criança “viva” tudo que a narrativa provoca no ouvinte e no leitor.

- “É através da história que se pode descobrir outros lugares, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque, se tiver, deixa de ser Literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo).


COMO CONTAR HISTÓRIAS
- Primeiramente, o narrador deve ter lido o livro escolhido, conhecê-lo, para fazer uma leitura fluente, com o tom de voz certo e pausas nos lugares corretos. Ler antes também evita que temas ou palavras e expressões que não eram esperadas (e que podem causar polêmica) sejam encontrado e abordados.

- “O narrador deve transmitir confiança, motivar a atenção e despertar admiração. Tem que conduzir a situação como se fosse uma virtuose que sabe seu texto, que o tem memorizado, que pode permitir-se ao luxo de fazer variações sobre o tema” (ELIGAZARAY, Alga Mariña. El poder de la literatura para niños y jovens. Havana., Letras Cubanas).

- Pode-se contar qualquer história para a criança, qualquer tipo (narrativa, poética etc.) desde que o contador a conheça bem.


APROVEITAR O TEXTO
- o contador deve aproveitar o texto de todas as maneiras possíveis. Explorara cada possibilidade de interpretação, dar o ritmo que cada narrativa pede, fazer com que as crianças “entrem no clima” e fiquem mais e mais interessadas.

- Deve-se assegurar a atenção do ouvinte desde o início, pois o interesse provavelmente não surgirá no finalzinho ou na metade da história.

CONTAR HISTÓRIAS... SÓ PARA QUEM NÃO SABE LER?

- Não, não e não! Adultos, crianças de todas as idades adoram ouvir histórias, reais, imaginárias ou literárias!

-“Ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo (a mesma história ou outra)”.

- “Tudo pode nascer de um texto”.




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